Semente de Murici Penima

Murici, murici penima, murici-do-brejo, murici-miúdo. 

Descrição

Família: Malpighiaceae

 

Nome(s) vernáculo(s): Murici, murici penima, murici-do-brejo, murici-miúdo. 

Nome Científico: Byrsonima sericea

Etimologia: Byrsonima deriva do grego burseus + onímeni que significam, respectivamente “curtido” e “ser útil”, em referência ao uso da planta em curtume. O nome vulgar Murici provém do tupi mborici, que significa “faz resinar” (Braga, 1960).

 

Ocorrência Natural: Mata Atlântica, Amazônia, Caatinga, Cerrado.

 

Fitofisionomias de ocorrência: Campo rupestre, Cerrado (latu sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta de Terra Firme, Floresta Ombrófila/Pluvial, Restinga.

 

Classificação ecológica: Pioneira a secundária inicial.

 

Frequência natural: Frequente.

 

Exigências silviculturais:

Quanto ao Solo: indiferente, contudo encontrada com mais frequência em solos arenosos.

 

Quanto ao Sol: pleno sol ou meia sombra.

 

Quanto à Água: espécie hidrófila, ou seja, prefere áreas úmidas ou com drenagem lenta, mas pode ser plantadas em diferentes condições.

 

Hábito: Arbóreo; arbustivo.

 

Porte: Porte arbustivo em restinga ou terrenos pobres e arenosos até um porte mediano em outras áreas.

 

Crescimento: Moderado a rápido.

 

Arquitetura da Copa: Ampla e regular.

 

Sombreamento da Copa: Mediano a denso.

 

Floração: Janeiro a fevereiro.

 

Polinização: Observada em sua maioria por abelhas. Especialmente abelhas coletoras de óleo e pólen.

 

Frutificação: Nos meses fevereiro e maio.

 

Dispersão do fruto: Frutos dispersos predominantemente pela avifauna e também observada a dispersão por saguis e saúvas.

 

Usos:

Recomposição Florestal: pela importância ecológica da família, na oferta de recursos à abelhas nativas coletoras de óleo, e pela oferta de frutos para a fauna, especialmente avifauna, é espécie importante na composição de plantios para restauração florestal. Na Hileia Baiana é uma das espécies mais frequentes em áreas antropizadas e áreas em estágio inicial de regeneração.

 

Extrativos: a casca contem tanino e corante, que já foram muito utilizados para curtir o couro e tingir tecidos.

 

Melífera: flores visitadas por abelhas para coleta de pólen e óleo.

 

Arborização de ruas: bastante ornamental, potencial para arborização urbana de parques, avenidas, inclusive ruas.

 

Sombreamento de pastagens: potencial para este uso, em função do bom sombreamento e da rusticidade.


Lenha: utilizada tradicionalmente para lenha, pode ser estudado seu plantio para essa finalidade, considerando o bom crescimento e rusticidade da espécie.